quarta-feira, setembro 26, 2012

Às Américas


Em Julho de 2011, escrevia assim:
Questionada sobre as minhas férias de sonho, a minha mente voou de imediato para uma ilha de areia branca e muito sol na Polinésia Francesa ou nas Caraíbas. Depois de me esticar durante 30 segundos, dei por mim a pensar que para descansar não me faltarão oportunidades e que o verdadeiro sonho seria ter tempo livre e dinheiro suficientes para desafiar-me a percorrer a mítica auto estrada Pan-Americana. Pretensioso? Talvez. Mas que são os sonhos senão desafios à realidade? Comecemos a viagem. Na verdade esta estrada é mais um conceito do que uma via. São 30.000 quilómetros de estradas que atravessam o continente americano de uma ponta à outra, começando no Alasca e terminando em Ushuaia, a Cidade do Fim do Mundo, na Argentina. Depois de atravessado o Canadá, desde Whitehorse até Calgary, a minha passagem pelos E.U.A. foge um pouco ao traçado da Pan-Americana. Seatle, Grande Canyon, Las Vegas, São Francisco e Los Angeles são algumas das paragens. Antes de chegar ao México já me cruzei com esquimós, caçadores de óvnis, imitadores de Elvis, índios e amantes de jogo. Amazing, diria! Na América do Sul passo por 10 países e muitas realidades diferentes da minha. Costa Rica, Panamá, Colômbia, Equador, Perú, Chile e Argentina são alguns dos nomes a bold no mapa. Depois da floresta tropical na costa colombiana, passo pelos Andes peruanos e chego ao maior lago de sal seco do mundo, o Salar de Uyuni na Bolívia. Já cansada, desço o deserto de Atacama e começo as despedidas na Patagónia. Chegada ao fim do mundo, olho o mar enquanto penso no regresso. Talvez a casa.

Já se passou um ano e eu não concretizei a viagem. A ver vamos se daqui a dois anos a conversa é a mesma. Hmmm... Como me conheço...