quinta-feira, abril 23, 2009

Cromos (parte 2)

Estava ao contar a uns colegas a maratona do "Sô Dôtor Cromo-Mor do dia" e desabafando lá disse:
- Fogo, eu tenho cá uma pontaria para cromos...
E sai-se um deles (o que está sempre a chatear-me):
- Estás a dizer que eu sou um cromo?

Bem...não foi o que eu disse... mas...

quinta-feira, abril 23, 2009

Cromos

Hoje saiu-me cá um Jackpot... Para além de ter de aturar os cromos do costume, ainda tive de levar com um cliente que é um autêntico cromo.
É porque nisto de ser designer, encontra-se de tudo, desde o Zé da Esquina que quer um autocolantezinho, ao Sô Dôtor que quer um catálogo para venda de produtos ou serviços, entre muitos outros. E hoje calhou-me um Sô Dôtor (licenciado, não um Sô Dôtor médico).
Bem, o Sô Dôtor Fulano lá foi levar-me uns dados, e passou o tempo a tratar-me por Senhora Dona o tempo todo...volta e meia lá vinha o Senhora Dona... e eu que detesto o Senhora Dona, já não podia, só me apetecia dizer-lhe: "Olhe, é Sra. Doutora, se faz favor!"
Não que eu queira ou goste sequer que alguém me chame de Sra. Doutora, mas afinal... sou tão Dôtora como ele é Dôtor.
E não é que o raio do homenzinho, deve ter-se esquecido, ou fartado de dizer Senhora Dona, e começou a dizer: "Filha, vai mudar este preço", "Filha mude esta imagem" ou pior..."A filhinha vai fazer o favor de alterar isto". Eu fiquei literalmente especada para o monitor quando ele se saiu com a primeira "filhinha". E nem conseguia dizer-lhe nada porque corria o risco de me desmanchar completamente à gargalhada na cara do homenzinho, que aliás, até é mais um rapazinho com uns 30 e poucos, que ainda deve viver com a mãezinha e que tem horinha para chegar a casinha.
PIOR: o homenzinho ainda me perguntou se havia alguém na empresa que fosse para os lados dele e que lhe pudesse dar uma boleiazinha... "É que eu não tenho popó e sabe como é...". Não, não sei, eu não peço boleia a estranhos (foi o que me apeteceu dizer, mas não podia, porque ele é um "enviado" de um big client... enfim...). E eu armada em Madre Teresa, lá tentei arranjar-lhe boleia e não consegui. E o que lhe fui dizer.... "Pois, eu não vou por aí, mas se já me fosse embora, até o deixava lá, mas hoje só devo sair pelas 9h (e eram 6h)." ao que ele me responde "Azar o meu, não é? Então se a Senhora Dona N não se importa eu aguardo até à 9h e aceito a sua boleia."
AHnnnn??????????? Quê?????? Não percebi??????
O que me valeu foi que uma colega lá o levou e vi-me livre do Sr. Dôtor.

Eu devia ter contado, porque ele em três horas e meia deve ter dito umas 20 "Senhora Dôna", uns 50 "muito obrigados" e uns 100 "por favor". (Daí ter dito que me saiu o Jackpot).

POR FAVOR!!!!
Já dizia a minha avózinha, e muito bem, que o que é demais enjoa!

E eu que nem colecciono cromos, lá juntei mais um à caderneta!

terça-feira, abril 21, 2009

Wrong

Infelizmente ou felizmente as músicas com letras e sonoridades deprimentes sempre me atrairam. Não é em vão que os Radiohead são uma das minhas bandas preferidas, os Coldplay cativam-me ainda mais com as suas tristes letras, os Toranja prendiam-me o ouvido com o seu triste "Laços" e a minha música preferida dos Clã é o melancólico "Competência para Amar". Não sou uma pessoa triste, nem cabisbaixa, nem tenho justificação para esta triste dependência, a verdade é que sempre fui pessimista. Inconscientemente prefiro esperar o pior e, quem sabe, ter o melhor.

E eis que os Depeche Mode lançam o seu brilhante novo trabalho "Sounds of the Universe" e o seu single de lançamento "Wrong" já me tem como fã. A letra não poderia ser mais negativa e o vídeo é um brilhante "erro" (vejam, vão ver do que falo: http://www.youtube.com/watch?v=5bsXOcK9_Cw). Há dias em que realmente me identifico com esta letra, mas vá... para não ser tão negativa, a minha parte preferida da musica: Made the wrong move, every wrong night With the wrong tune played till it sounded right yeah!

Oxalá todos os meus actos errados me levem a um final realmente bom... Hummm... nunca se sabe!


Wrong - Depeche Mode

I was born with the wrong sign
In the wrong house
With the wrong ascendancy
I took the wrong road
That led to the wrong tendencies
I was in the wrong place at the wrong time
For the wrong reason and the wrong rhyme
On the wrong day of the wrong week
I used the wrong method with the wrong technique

Wrong
There's something wrong with me chemically
Something wrong with me inherently
The wrong mix in the wrong genes
I reached the wrong ends by the wrong means
It was the wrong plan
In the wrong hands
The wrong theory for the wrong man
The wrong eyes on the wrong prize
The wrong questions with the wrong replies

Wrong

I was marching to the wrong drum
With the wrong scum
Pissing out the wrong energy
Using all the wrong lines
And the wrong signs
With the wrong intensity
I was on the wrong page of the wrong book
With the wrong rendition of the wrong hook
Made the wrong move, every wrong night
With the wrong tune played till it sounded right yeah

Wrong

Wrong (Too long)
Wrong (Too long)
I was born with the wrong sign
In the wrong house
With the wrong ascendancy
I took the wrong road
That led to the wrong tendencies
I was in the wrong place at the wrong time
For the wrong reason and the wrong rhyme
On the wrong day of the wrong week
I used the wrong method with the wrong technique
Wrong

terça-feira, abril 14, 2009

" O problema não és tu, sou eu!"

Sim, foi com este cliché que ele acabou comigo e também disse o irritante "Acabo por afastar todas as pessoas de quem gosto" e o merdoso "Podemos ficar amigos!!", mas sempre com aquela cara do "Não resulta mesmo tá visto, vamos mas é acabar com isto!" Pior do que acabar uma vez é acabar duas!

O pior de levar uma tampa é o sentimento de revolta e raiva que fica cá dentro. Quando não resulta, não resulta, não há que tentar novamente. Mas nós (eu) não nos contentamos com a triste derrota de uma relação que simplesmente não resulta e achamos bem tentar mais uma vez. E porque? Porque ainda não descobrimos o porquê de gostarmos tanto um do outro... Mas a volta não nos dá espaço para isso. Já acabamos uma vez, já deixamos de nos ver uma vez, já saimos com outras pessoas (ele talvez!!), já discutimos mais do que uma vez e voltar não é significado de que não voltará a acontecer novamente! Mas o mais ridículo de tudo, é acabar novamente, agora sim, pela última vez e continuar sem uma resposta: porque é que gosto tanto daquele palerma?!

quinta-feira, abril 09, 2009

Ice Splashes

Não há paciência para criar uma imagem melhor para o blog... acho que a ideia do cubo de gelo a cair na água com mil splashes diz tudo (pelo menos para mim).
Bem...por agora está óptima! Noutra ocasião, quando estiver mais inspirada ponho a minha criatividade a trabalhar (e Photoshop/Illustrator skills).
E vou-me embora, que isto de trabalhar em dia Santo não dá com nada.

Hummm... será que conta como sacrifício da Quaresma?!?... Deve contar...

Ao menos já vou com a alma mais "limpinha".

quarta-feira, abril 08, 2009

D.er N

E eu (cusca) fiz o mesmo e aproveitei para postar os resultados. Não vá aparecer alguém que queira saber como aparento.
E como este é um blog em início de carreira (?!?) aproveito para me ir apresentando.
Nunca pensei que fosse parecida com estas beldades (duas delas nem conheço de parte alguma).
Assim, escuso de postar uma foto minha (ah povo enganado!...).

Agora só falta a Miss M (a outra metade dermente do Dermências) fazer o mesmo. E já estou mesmo a ver o que lhe vai sair... Vai ser só Giseles Bundchens... Grhhh....

quarta-feira, abril 08, 2009

The real meaning of the imperial word "Dermências"

O nome Dermências surgiu, como ele próprio indica, de uma das minhas dermências, obviamente. Explicar no que consiste uma dermência não é fácil, é um palavra dúbia que não reúne o consenso de todos, até porque não existe no dicionário de língua portuguesa, mas isso nunca foi impedimento para nós portuguesinhos aventureiros. Há bué de palavras novas, bora lá acrescentar mais uma!


Dermências tem sido algo que me tem preocupado ultimamente, sempre fui um pouco dermente, mas a coisa tem piorado.



Com 15 anos é giro fazer estas coisas. Mas com 25 anos nunca mais terei a desculpa do "jovem", "miúda", "Inconsciente e e irresponsável", "bêbeda", etc. como label. Ainda vou ouvindo uma coisa ou outra, principalmente quando bebo uns copos a mais, mas a verdade é que a juventude é como a fama, logo logo desaparece. Depois dos 25 é fácil ouvir uma trintona/quarentona dizer: "ela não é miúda nenhuma" ou "o Francisco pediu-me em casamento quando tinha a tua idade". Atenção: eu não as condeno. Serei muito pior, se já estou assim com 25 imaginem o veneno aos 35! (Até porque continuo solteira e a boca do pedido de casamento não é fácil, né?). 


Mas bem, voltando ao assunto da dermência, o que não significa que tenha alguma vez deixado de falar dela. As dermências são, para mim (!), aqueles momentos, minúsculos, pequeninos, aparentemente insignificantes de descuido, desatenção, que acabam por causar um grande momento de vergonha, fúria, raiva, humilhação. Nunca vos aconteceu? Eu explico com facto reais:

- Deixar as chaves do carro em casa e, ao voltar para apanhá-las, esquecer a bolsa (sim, aquela enorme com os documentos e porcarias todas)em casa

- Pousar a agenda em cima do carro para abrir a porta, arrancar com o carro com a agenda ainda em cima da capota...

- Pousar uma garrafa de água em cima da capota e, segundos antes de arrancar, ser avisada por uma senhora simpática de que tenho uma garrafa em cima da capota

- Pedir café e sair sem pagar.

- Oferecer um café a um amigo, mas sair sem pagar...

- Perder todo e qualquer isqueiro.

- Pedir um isqueiro emprestado e perdê-lo na minha bolsa em 3 segundos

- Perder-me nas conversas das pessoas.
Enquanto falam eu estou já a divagar sobre outro assunto que não tem nadinha a ver com aquilo. Sim, e depois o cúmulo: "então, estou desesperada, ajuda-me, o que devo fazer?" (Nestas situações o melhor é optar por uma resposta neutra: "Segue o teu coração. Faz o que realmente queres." Ou então responder com uma pergunta é terrível, mas pode funcionar: "Mas para ti qual seria o melhor caminho a seguir????")

- Colocar o almoço dentro da tigela, guardar a tigela dentro do saquinho, deixar o saquinho em cima da mesa, passar pela mesa ao sair de casa e comer uma sandes da pastelaria... :S

- Levantar dinhero e deixar o dinheiro na caixa...

- Querer contar as minhas próprias dermências e não me lembrar de nenhuma.

Eu sei e tenho plena noção que estas coisas acontecem a toda a gente, mas para mim este tipo de situações têm-se tornado uma constante (literalmente!). Eu acho preocupante, até porque... bem já devem imaginar todo o tipo de humilhações públicas. Há dias caí à frente da porta de uma discoteca apinhada de gente. O pior: eu estava sóbria. o melhor: eu estava sozinha e não causei aquele embaraço a mais ninguém senão a mim própria. Este tipo de situações são tão comuns que também já fazem parte no meu rol de Dermências Existenciais, como eu carinhosamente as chamo.

Cada dia que passa tento ser mais controlada, mas não é fácil, por isso decidi adoptar o lema do "If you are such a dumb ass with no special goals in your life, almost no money and, worst, You use to be "dermente" at least 3 times a day, just blog about it." E foi o que eu fiz. Agora vamos lá ver...

E vocês têm dermências? Daquelas em género de comentário num blog ainda quase inexistente? Eu também tenho dessas.

segunda-feira, abril 06, 2009

Dermência

Dormência+Demência

Dormência | s.f.
1. Estado de quem dorme ou sofre um torpor.
2. Insensibilidade parcial ou total em qualquer parte do corpo, especialmente nas extremidades.
3. Quietação.
4. Estado de absoluto repouso.

Demência | s.f.
1. Desarranjo mental.
2. Acto de insensato.
3. Insensatez.
4. Cegueira; fúria.

E está explicada a palavra que não aparece no dicionário português mas que existe na língua portuguesa.